Há três verbos que metem medo. O primeiro é horrível. O segundo é pior do que o primeiro. E o terceiro é mais dramático ainda.
O primeiro é partir, no sentido de pôr-se a caminho, ir-se embora. É o caso do filho mais moço da famosa parábola de Jesus. O rapaz rompeu com o pai, com o lugar, com os costumes, “e partiu para uma terra distante, e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente” (Lucas 15:13). Não houve como evitar a sua partida. Nada o prendeu em casa: nem a família nem a fartura nem os argumentos em contrário.
O segundo é retirar-se, no sentido de privar-se definitivamente das oportunidades até então desfrutáveis. É o caso de Caim, o assassino de Abel, do qual se lê: “Retirou-se Caim da presença do Senhor, e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden” (Gênesis 4:16). Caim não consertou o que estava errado, não aceitou a segunda chance e ainda se afastou definitivamente de Deus.
O terceiro é abandonar, no sentido de deixar, não se interessar, descuidar. É o caso daquele Demas, a respeito de quem Paulo diz: “Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica” (II Timóteo 4:10). Com incrível facilidade há quem abandone a Palavra, a confiança posta em Deus, a congregação onde sempre se reunia, o reto caminho e até o próprio Deus. O verbo assinala uma espécie de despedida ou ruptura definitiva e irreversível.
Você deve se precaver contra os verbos da morte, contra qualquer processo que o leve a partir para uma terra distante, a retirar-se para longe da presença do Senhor e abandonar o que você tem de mais precioso.
Em Letras Grandes, Ultimato
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