Rute, porém, respondeu: “Não insistas comigo que te deixe e que não mais te acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus! Onde morreres morrerei, e ali serei sepultada. Que o Senhor me castigue com todo o rigor, se outra coisa que não a morte me separar de ti!” Rute 1:16, 17
O livro de Rute é uma joia preciosa. Localizado entre as histórias sanguinárias do livro de Juízes e a saga de Samuel, Saul e Davi no livro de 1 Samuel, o livro de Rute é uma obra-prima literária e espiritual. Além disso, também é uma tríplice história de amor.
A primeira história de amor é altamente incomum: o profundo amor de uma jovem nora por sua sogra. Noemi, destituída do marido e dos filhos numa terra estrangeira, decidiu voltar para sua terra natal. “Noemi” significa “agradável”, mas estava voltando como “Mara”, que significa “amarga”. Ela não tinha nada a oferecer para as noras viúvas, Orfa e Rute; nem moradia, riquezas ou um possível casamento. Noemi não dispunha de absolutamente nada e não tinha ninguém por ela.
“Voltem para o povo de vocês”, a sogra aconselhou Orfa e Rute. Orfa aceitou o conselho, mas Rute se recusou a deixá-la. Amava demais Noemi para abandoná-la. Decidiu que seguiria a sogra para onde a jornada da vida a levasse. Seguiria Noemi até a morte.
Isso é amor puro e verdadeiro; amor abnegado e fiel; amor desinteressado em bens materiais; amor extraordinário. Um amor assim tem sua origem no Céu.
A segunda história de amor também possui um toque incomum. Envolve um homem e uma mulher. Nada incomum nisso, exceto que os dois são o fruto de contextos totalmente diferentes um do outro. Boaz é bem mais velho, rico e israelita. Rute é jovem, viúva, pobre e moabita. Às vezes os opostos se atraem; esse foi o caso.
Mas há mais detalhes nessa história. Boaz era parente próximo de Elimeleque, marido falecido de Noemi. De acordo com a lei mosaica, Boaz tinha o direito e a responsabilidade de comprar de volta a propriedade de Elimeleque e também se casar com a nora viúva sem filhos (nesse caso, Rute). Boaz se tornou não apenas seu amado e marido, mas também seu protetor e libertador.
Isso nos leva à terceira história de amor. A palavra hebraica traduzida como “parente” se origina da mesma raiz que significa “redimir”. Boaz, por sua posição e ações, apontou para Jesus, nosso parente próximo que nos redimiu. Não tínhamos nada a oferecer, apenas nossa grande necessidade. Mas Ele nos acolheu, uniu-nos a Ele, para que vivêssemos ao Seu lado para sempre.
Fonte: Meditações Diárias
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